domingo, 2 de setembro de 2018

Um barquinho...




Voltei, voltei com mais das minhas reflexões…
Hoje eu estava aqui pensando sobre a expressão “estar no mesmo barco” e cheguei a nenhuma conclusão, mas divaguei sobre as diversas analogias e empregos que essa expressão pode tomar!
No âmbito dos relacionamentos em geral consigo realmente me enxergar dentro de um barquinho a deriva… Hoje, sozinha… mas que anseia por uma companhia pra esse gigantesco mar da vida… Não sei bem pra onde eu estou remando, mas tenho alguns barquinhos amigos viajando lado a lado, o que me dá uma certeza, uma segurança que a viagem será agradável e feliz, ainda que esteja remando sozinha…
Por vezes tentei fazer com que pessoas entrassem nesse meu barquinho, algumas até tentaram ficar… mas é necessário um certo ritmo de remada pra que se chegue a algum lugar… precisa estar querendo ir na mesma direção pra dar certo… do contrário remamos em voltas… o barco não sai do lugar… a viagem que era pra ser uma grande aventura se torna uma grande dor de cabeça…
Dai a pessoa resolve pular do barquinho e remar sozinha seu próprio barquinho, afinal não tava tando certo o ritmo de remada é diferente, a ilha de destino é outra… Mas nem sempre aceitamos tão fácil que a pessoa quis sair do barco por livre espontânea vontade… às vezes nos fazemos crer que houve uma tempestade e a pessoa caiu.. e insistimos em jogar salva vidas por diversas vezes… e nada… quem não quer estar no mesmo barco, simplesmente vai pular fora e não vai querer ser “salvo” porque seu barco é outro… então devemos respirar fundo e seguir viagem… quem sabe essa pessoa se torna um companheiro de viagem no seu próprio barquinho, ainda que sem remar junto.. próximo, mas seguindo trajetos diferentes…
Sei que nem sempre é fácil aceitar que alguém não queira seguir viagem com a gente… o questionamento é eterno, será que o banquinho do barquinho é desconfortável pra remar? Nãooooo… seu barquinho é ótimo, mas nem todo mundo vai ser apto a remar junto..
E o importante é saber remar sozinho e ser feliz assim, se tiver companhia pra viagem ótimo, se não, ótimo também… tem tantos barquinhos vizinhos… As vezes a gente encontra alguém que rema junto por um tempo, mas cansa… acontece também, as vezes a gente cansa daquela pessoa que tá remando junto e gentilmente pede pra que procure um outro barquinho… hahaha…
Disso tudo eu consigo ver que sim, a jornada acompanhada é ótima, mas o ritmo do seu barquinho é seu… e só você pode permitir quem rema com você… e se alguém quer remar junto, mas não sabe exatamente como manter o ritmo, essa pessoa pergunta e se interessa em aprender…. E aos poucos os ritmos se igualam… você cede, a pessoa cede e o ritmo de remada perfeita se faz.
Agora que a tempestade está cessando me coloco a observar o mar acalmar, ainda não estou remando, mas também já não acredito que haja alguém a deriva esperando o meu socorro… observo o sol nascendo ao horizonte e começo a traçar novos caminhos pra antigos destinos almejados…
E sobre a expressão, tenho que estar no mesmo barco é simplesmente querer ir ao mesmo lugar aproveitando a viagem, ainda que em alguns momentos se faça necessário parar e refletir se vale a pena navegar no mesmo barco… as vezes a viagem junto é pra ser curta mesmo… e o importante é que mesmo nos ritmos desencontrados tenham tido uma trajetória feliz.
Nem sempre teremos destinos iguais, afinal, no fim sempre estaremos sós… o destino de toda vida é solitário… E o que importa é como foi aproveitada a jornada até o fim… permita que seu barco seja agradável por quanto for bom para quem te acompanha a viagem… Deixe fluir a liberdade de navegar por esse infindo mar de vida!

sábado, 1 de setembro de 2018

Setembro



Um mês tão querido… Hoje, primeiro de setembro seria aniversário da minha já falecida avó… tantas boas memorias nesse mês primaveril… tantas pessoas queridas que fazem aniversário nesse mês… Conheci tantas pessoas que amo justamente esse mês ano passado!
Acho que setembro tem essa mágica que permite acreditar no florecimento de novas metas e expectativas da vida… Ainda que esse mês de setembro me tenha começado um tanto triste e confuso, fico feliz que todos os dolorosos ciclos tenham se encerrado ainda em agosto… Hoje ainda sindo a dor que agosto está levando mas setembro… ahhh esse mês me dá esperança e certamente muita colheita e primavera chegarão com ele!
A data de primeiro de setembro está pra sempre marcada na minha vida… e os motivos felizes das lembranças que essa data me trás sobrepujam toda e qualquer tristeza que me acomete nesse momento!
A vida é feita de momentos e cabe a nós escolher como percebê-los e recebê-los… Eu escolho, sempre, ver como benção e estar sempre grata! Nem tudo é como gostariamos, aliás, quase nunca a vida é como queremos… vivemos mais em função de diblar as diferenças e problemas da mesma e ser feliz ainda assim…
Não imaginei começar meu setembro do jeito que está sendo… mas como disse não temos controle sobre a vida e muito menos sobre as pessoas que nos cercam! Viver em sociedade exige que saibamos respeitar as diferenças e que cedamos o tempo todo… cada ser é único e nem tudo que damos recebemos, nem todo mundo dá ou recebe do mesmo jeito, né? E cabe a nós saber lidar e também nos respeitar quanto ao que nos permitimos receber… até onde é válido ceder? Quando é o momento de dizer que cedeu tudo que podia? Enfim.. fugi do assunto… talvez, mas a ideia ainda tá aqui… até a primavera chegar eu tenho certeza que vou me curar desse fim de inverno e florecer com ela… Afinal o bom da vida também está em não saber o que o futuro nos reserva! É obvio que o lamento e o luto deixados por agosto ainda serão sentidos por mais um tempo como um gosto amargo na boca que não passa… aquele soco no estômago que deixou um incomodo…
Mas é tempo de permitir que o novo chegue… o plantio não foi exatamente o que acredito que colherei… mas espero em fé que será ainda melhor do que esperava!
Amor é como um grande jardim, penso eu… E assim como as plantas têm cada uma um jeito de ser cuidada, assim são as pessoas… Não adianta colocar muita água num cacto que ele morrerá afogado… Certa vez, uma amiga comprou uma lavanda (amo lavanda, tenho uma numa tatuagem, inclusive), puxa, a lavanda morreu 3 dias depois… ela precisava de um ambiênte mais fresco e o calor do Rio de Janeiro não fez bem a ela, tão sensível a “Jennifer Lawrence” RIP… Âs vezes, insistimos em tentar reviver a planta, mantemos ela ali no vasinho... murcha, morrendo aos poucos. Quando sabemos que na verdade o ideal seria tirar e plantar algo novo no vasinho...Temos a instencia como um problema muitas das vezes, obviamente tem vezes que dá certo, mas como saber quando devemos insistir? Assim como as plantas, são as pessoas… até onde é válido manter viva uma relação? Quando precisamos tranforma-la em, de repente, adubo pro crescimento de uma nova plantinha? Como fazer os relacionamentos se tranformarem? São tantas questões… mas eu confio no meu potencial de jardineira e ainda que hoje não saiba o que fazer exatamente o que fazer com tanta terra adubada de forma errada e uma planta moribunda no coração… Setembro me trará novas sementes pra plantar e florir minha primavera…. Faz parte da vida de jardinagem isso, né? Umas plantas florecem e alegram por um tempo, mas não duram tanto quanto gostariamos, as vezes nem dão frutos… mas o importante é ser grato pelo tempo em que floriram seus dias, nem todos amores são Jatobás… alguns são violetas… florem, nos alegram, mas são mais frágeis e acabam servindo pra adubo… pois na vida é importante saber tirar o melhor e tranformar… se não serve pra florir, de adubo pra permitir novas flores funciona! E o mais legal é que as pessoas são sementes que nunca saberemos em florescerão… tenho amigos jatobá que achei que seriam rosas…. E outros que achei que seriam jatobá e foram violetas…. O mais importante é que pra cada jardim de pessoas, ela sempre terá como desempenhar o papel que preferir… e a gente vai descobrindo e aceitando a primavera da vez! Sigo acreditando e as minhas próximas sementes também me trarão muitas alegrias… pois setembro está ai pra isso… florir os corações e as vidas de quem se permite ser jardim.






Ps: Tem mais de 3 anos que não posto nada, embora eu ame escrever… mas quem sabe eu retorno o hábito… esse texto tá um tanto confuso, meu censo crítico mostra isso, talvez incoerente em muitas partes, mas retrata um pouco de como estou agora, mas já já outros textos melhor escritos e com mais coerencia aparecem.. Afinal escrever é hábito… e nesse momento isso são apenas pensamentos jogados num teclado… sem muito pudor e lógica.. Apenas uns desabafos de um coração partido, mas cheio de amor e esperança… e muito feliz pelas tantas outras flores do meu jardim, flores não… árvores , sempre dispostas a me dar abrigo e alegrias!